A educação é um direito fundamental que deve ter acessibilidade a todos, independentemente de suas características individuais. Inclusive, está previsto no Artigo 6 da Constituição Brasileira.
Mais especificamente, no Art. 205: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Nesse contexto, a acessibilidade assume um papel fundamental para garantir que crianças com diferentes necessidades possam participar plenamente do processo educativo.
Este artigo explora os desafios de crianças com sensibilidade sonora no ambiente escolar, especialmente aquelas com TDAH, TEA e Síndrome de Down.
Além disso, abordaremos os obstáculos que vão desde o barulho excessivo em sala de aula até a dificuldade em processar informações auditivas, que podem prejudicar o aprendizado e o desenvolvimento social.
Boa leitura!

Sensibilidade Sonora no Ambiente Escolar
Primeiramente, desde o nascimento, a criança sofre as influências dos estímulos visuais e sonoros do ambiente que a cerca e reage aos mesmos através de manifestações como: gritos e movimentos corporais.
À medida que cresce, a criança progride no mundo dos sons. Dessa forma, quanto mais adequados os estímulos sonoros, melhor ela perceberá o ambiente e desenvolverá sua atenção.
Atualmente a qualidade dos estímulos ambientais, especialmente os sonoros com os quais a criança convive e por eles é influenciada desde o seu nascimento não tem sido de boa qualidade.
Logo, quando falamos sobre crianças com sensibilidade sonora isso vai muito além do incômodo. Para essas crianças, como por exemplo: TDAH, TEA e Síndrome de Down, os sons tornam-se um pesadelo que interfere na concentração, na organização do pensamento e na memória.
Sirenes, barulhos de obras, vozes em alto volume e até mesmo o burburinho comum de uma sala de aula movimentada podem ser extremamente desconfortáveis para as mesmas.
Para esclarecer, estes e muitos outros estímulos sonoros inadequados vêm contribuindo para o surgimento dos problemas de indisciplina e de aprendizagem, afetando diretamente a qualidade de vida da criança.
Desafios Educacionais e Sociais
Segundamente, o nível de sensibilidade auditiva pode variar de pessoa para pessoa e de situação para situação.
Pais e educadores frequentemente se perguntam se essa sensibilidade pode prejudicar a permanência do aluno na sala de aula.
Ou seja, essa preocupação é legítima, especialmente em ambientes escolares diversificados, com momentos de calma e agitação.
A sensibilidade sonora pode gerar diversos desafios na vida escolar:
- Dificuldades de Aprendizagem: o excesso de ruídos pode dificultar a absorção de informações durante as aulas, a compreensão de instruções e a participação em atividades.
- Isolamento Social: o medo de barulhos altos pode levar as crianças a evitar situações sociais, como por exemplo, brincadeiras no recreio ou atividades em grupo, prejudicando seu desenvolvimento social e emocional.
Estratégias para a Melhoria da Acessibilidade
A construção de um ambiente escolar inclusivo para crianças com sensibilidade sonora exige um compromisso que vai além de medidas pontuais.
Assim, é necessário uma mudança de mentalidade, traduzindo em ações concretas que garantam o bem-estar e a plena participação desses alunos.
Salas Acústicas: ambientes com menos ruídos externos podem ser um refúgio para essas crianças, facilitando a concentração e a aprendizagem;
Planejamento Adaptado: atividades ao ar livre, em horários com menos barulho e com menor número de alunos podem minimizar o impacto da sensibilidade sonora;
Treinamento para Colaboradores: capacitar a equipe escolar para reconhecer os sinais da sensibilidade sonora e adaptar suas metodologias de ensino é fundamental para a inclusão;
Sirenes Musicais: muitas sirenes utilizadas para sinalizar inícios e finais de aulas e intervalos em instituições de ensino são sirenes de alarme, altas e barulhentas.
A Sirene Musical Tok Escola reproduz músicas, tornando o ambiente mais leve e agradável, especialmente para crianças com TDAH e Síndrome de Down
Legislação e Políticas de Suporte
No Brasil, leis como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e o Plano Nacional de Educação (PNE) garantem o direito à educação inclusiva.
No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir que as escolas estejam de fato preparadas para atender às necessidades de crianças com sensibilidade sonora.
Políticas Mais Robustas: novas legislações específicas para a acessibilidade sonora na educação são necessárias para garantir ambientes de aprendizado adequados.
Colaboração: o diálogo entre escolas, pais e governo é crucial para identificar necessidades individuais e implementar medidas de acessibilidade adequadas.
Sendo assim, construir escolas mais inclusivas e acessíveis garante que todas as crianças, independentemente de suas características, tenham iguais oportunidades de sucesso e desenvolvimento.
Portanto, a sensibilidade sonora não precisa ser um obstáculo para o aprendizado e a realização dos sonhos.
Em resumo, através da compreensão, da colaboração e da implementação de medidas adequadas, podemos abrir um mundo de possibilidades para essas crianças.
Lembre-se: A inclusão é um processo contínuo que exige o compromisso de todos. Ao trabalharmos juntos, podemos construir um futuro mais justo e equitativo para todas as crianças.
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